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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

BOM, MUITO BOM.

10/11/2008 O novo está aqui, na América Latina

José Arbex Jr. – Como explicar o ataque da Colômbia ao Equador?
Temos ai um momento crucial de um processo que já vem se desenrolando desde a eleição do presidente Chávez, reforçado pela eleição, no Equador, do presidente Correa: uma série de governos tende para uma posição de maior independência em relação aos Estados Unidos. De outro lado, o governo colombiano funciona como a ponta de lança política dos Estados Unidos na América do Sul. Mais cedo ou mais tarde, essa situação chegaria a um ponto critico. É uma situação que condensa conflitos internos às sociedades sul-americanas, conflitos de governos sul-americanos com o imperialismo estadunidense, e condensa também conflitos em uma escala mais ampla, que passa pelo jogo estratégico envolvendo a questão do petróleo e a presença dos Estados Unidos no Oriente Médio. Além disso, há também o antigo fato de que uma guerra pode ser muito útil para um governo desgastado como o de Uribe. Ela pode ser um fator de coesão, um estímulo ao nacionalismo, principalmente quando se associa à pretensa legitimidade da luta contra o narcotráfico.

Explique um pouco melhor o vínculo entre América do Sul e Oriente Médio.
Na medida em que os Estados Unidos têm uma retaguarda tranqüila na América do Sul, principalmente em relação à questão energética, eles podem se concentrar na tentativa de resolver a tremenda encalacrada em que se meteram no Iraque. Se o golpe de 2002 contra Chávez tivesse dado certo, a Casa Branca teria hoje uma retaguarda tranqüila. O problema é que eles estão com a agenda lotada no Oriente Médio e têm uma pedra no sapato, que é o governo da Venezuela.
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Não postei toda a entrevista porque era muito grande mesmo, se quiserem é só acessar o link do "Clube Mundo" e procurar nos arquivos do dia 10/11.

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abraços.

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