Veículo pintado de azul e amarelo transporta alta cúpula da prefeitura | |||
Fábio Massa e Elton Fernandes Agência BOM DIA | |||
O PT planeja acionar a prefeitura na Justiça por ter pintado uma van oficial de azul e amarelo, mesmas cores do PSDB. O veículo é usado no projeto “Prefeitura nos Bairros” para transportar o prefeito Ary Fossen (PSDB) e secretários para eventos oficiais. A van, equipada com ar-condicionado, custou R$ 116,5 mil aos cofres públicos do município. O PT vai alegar na ação que a van representa propaganda política antecipada para o PSDB. A prefeitura informou, por meio da assessoria de imprensa, que “o azul e o amarelo são as cores da logomarca da Prefeitura de Jundiaí e que compõem a sua identidade visual”. Em outros carros do município, porém, predomina o branco. Azul e amarelo são usados de maneira discreta. O veículo foi utilizado pela primeira vez anteontem e transportou o prefeito e dez secretários ao Jardim São Camilo para inaugurar obra. A van é da marca Merdedes-Benz e foi comprada no fim de dezembro de 2007. Ficou quatro meses em “processo de licenciamento, seguro e adesivagem”, segundo a prefeitura. “É um absurdo sem tamanho ”, disse o vereador petista Gerson Sartori. A proposta petista é entrar com processo tanto na Justiça Eleitoral, quanto na Fazenda Pública, por ter envolvido dinheiro público. O presidente do PSB, Oswaldo Fernandes, não chegou a ver a van, mas critica a iniciativa da prefeitura. “As cores do brasão não são azul e amarelo. Usar essas cores, justamente nesse momento, é temerário e, com certeza, não é acidental. Não vai acabar bem”, disse. O candidato a prefeito pelo PC do B, Pedro Bigardi, diz que a escolha das cores foi “estranha”. “Bem no fim de mandato arrumar um problema desse para a cabeça não é muito inteligente. O presidente do PSDB, Sérgio Del Porto, descartou haver relacionamento. “A van não tem nada a ver com o partido”, disse. “Se usar as cores do partido em veículos oficiais caracteriza improbidade administrativa, a Justiça vai corrigir isso”, disse Sérgio Dutra, presidente do PT. Em abril, a Justiça obrigou o prefeito de Joinville, Marco Tebaldi, também do PSDB, a retirar um tucano do telhado de um ginásio e também pintado com as cores do PSDB. O prefeito teria sido obrigado a pagar a reforma com dinheiro próprio. Li essa matéria no jornal "Bom Dia" na edição de sábado. Concordo com Bigardi, achei que o PSDB, logo no fim do mandato, pode ter arrumado uma encrenca, e ainda por cima, foi uma falta de ética e respeito usar as cores do partido. Só espero que algo seja feito. Queria terminar com uma frase que escrevi esses dias... "A VERDADEIRA UNIÃO, SÓ É ALCANÇADA, A PARTIR DO MOMENTO EM QUE O REFLEXO SOBRE A SOCIEDADE DEIXAR DE EXISTIR, E A MENTE FRACA E NARCISISTA, TORNAR-SE FORTE E SOLIDÁRIA". Abraços! Beto. |
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Van oficial com cores do PSDB provoca polêmica
Postado por Terrorismo Poético às 17:49 1 comentários
sexta-feira, 16 de maio de 2008
1968, o ano que ajudou a desenhar a face do mundo
A imagem mais difundida do movimento de maio de 1968 – que, tendo seu epicentro nas universidades francesas, espalhou-se pelo mundo como um vagalhão – é a do levante estudantil e juvenil.
A imagem tem força – aquele movimento ganhou visibilidade quando, no dia 3 de maio de 1968, os estudantes parisienses saíram às ruas para protestar contra a decisão da reitoria da Sorbonne de fechar a célebre universidade parisiense, reagindo à um movimento à luta estudantil que crescia desde o final de 1967. Foi a primeira vez que, em 700 anos, a universidade fora fechada e seu recindo ocupado pela polícia, e a decisão foi um choque para a opinião esclarecida dos franceses.
O movimento de 1968 não surgiu, contudo, como um raio em céu azul, como se diz. E não foi somente estudantil e juvenil. As lutas sociais cresciam na Europa, nos Estados Unidos e em várias partes do mundo, particularmente na América Latina. Elas envolviam os trabalhadores, os estudantes, os negros, as mulheres, a população dos países colonizados da África e da Ásia na luta contra o imperialismo e pela independência, o protesto contra as ditaduras militares que proliferavam na América Latina.
No Brasil, aquele foi o ano do maior e mais persistente protesto de massa contra a ditadura militar, apenas superado por aquele que ocorreria dez anos mais tarde e que colocaria em xeque no regime dos generais.
O ano de 1968 ficou na história, assim, como o símbolo do maior protesto anticapitalista ocorrido na segunda metade do século XX e por isso é uma data memorável.
Achei legal postar sobre "Maio de 68", pois, sem dúvidas, é um ano memorável e deve ser lembrado sempre.
Nos próximos posts, posso colocar alguns cartazes usados pelos estudantes franceses.
O texto foi tirado do site www.vermelho.org.br, que fez um especial para essa data.
Espero que gostem.
Abraços,
Beto.
Postado por Terrorismo Poético às 16:36 4 comentários
domingo, 11 de maio de 2008
Referendo sobre autonomia em Santa Cruz
O que está sendo votado?
Os eleitores residentes em Santa Cruz de la Sierra votam para obter autonomia política, administrativa e financeira em relação ao governo central de La Paz.
Na prática, entre outras iniciativas, os recursos gerados por Santa Cruz, a região mais rica da Bolívia, deixariam de ser enviados em sua totalidade para o governo central, em La Paz, de onde hoje são administrados e distribuídos, e passariam a ser administrados pela gestão departamental.
Quais são os argumentos pró-autonomia?
Seus defensores da autonomia argumentam que, com a autonomia, a distribuição e a aplicação dos recursos públicos serão mais efetivas. Além disso, afirmam que, hoje, com o regime unitário em vigor, os departamentos e municípios depende do governo central para pagar obras ou para nomear professores e médicos, por exemplo.
No Comitê Cívico Pró-Santa Cruz, que encabeça a autonomia junto com o prefeito (governador) Ruben Costas, justifica-se também que, com este modelo de "gestão", os investidores poderão ter maior previsibilidade, os eleitores poderão controlar onde os recursos, gerados pelos departamentos, são aplicados, e ainda atender a crescente imigração interna de trabalhadores de outros departamentos em direção a Santa Cruz rica em soja, petróleo e gás.
Quais são os argumentos dos que se opõem à autonomia?
Os que criticam a proposta de autonomia, liderados pelo governo do presidente Evo Morales, argumentam que a iniciativa "dividirá" o país. Morales e sua equipe acusam de "separatistas" os líderes do movimento pela autonomia.
Para eles, a autonomia reforçará a divisão atávica entre a Bolívia próspera (a da região chamada "Oriente" que reúne Santa Cruz, Tarija, Beni e Pando) e a do "Ocidente" (onde vive a maior concentração de povos indígenas, nos Departamentos de La Paz, Oruro, Potosi, Chuquisaca e Cochabamba).
Teme-se que, com a autonomia, a região rica não repasse recursos para as menos favorecidas. Além disso, os prefeitos (governadores) passariam a ter poder de gestão muito maior do que têm hoje, com maior independência para tomar medidas políticas e administrativas.
Isso explica um pouco o que esta acontecendo na Bolivia. O referendo já aconteceu e o sim( a favor da autonomia) venceu com 85% dos votos com abstençao de mais ou menos 35%.
Eu estava vendo uma reportagem na tv em que uma mulher de Snta Cruz dizia que votaria no Sim, pois o Evo nao a representa, já que ela nao era indigena nem pobre. E isso me fez refletir, vou por algumas das minha consideraçoes.
-A Bolivia pais de maioria esmagadora indigena, sempre foi governada por politicos nao-indigenas e ricos que nao representavam a maioria da população. Politicos que tomavam atitudes para defender a classe media e alta da sociedade boliviana, esquecendo-se da maioria pobre.
-Pela primeira vez na historia vence as eleiçoes um presidente indigena, Evo Morales, que decide finalmente mudar um pouco as estruturas politicas do seu pais, a classe medi, que sempre teve quem a beneficiasse, nao gosta.
-Há na bolivia um certo racismo da parte da classe média com os indigenas, tanto que nessa reportagem que eu vi, eles mostraram muros pixados com dizeres racistas contra os indio.
Bom, acho esse referendo totalmente ridiculo e separatista com o unico intuito de desestabilizar o governo do Evo e gostaria de saber a opniao de vcs!
beijosss!
Postado por Bia às 21:17 2 comentários
sábado, 3 de maio de 2008
Investment grade
O grau de investimento dado pela agência Standard & Poor's pode trazer algumas conseqüências para o Brasil, como, é claro, maiores investimentos externos, porque muitas empresas requerem uma "nota" mais elevada; diminuição das taxas de juros (pelo fato de o país ser considerado menos inadimplente); continuidade da política econômica que levou a essa melhoria.
Como outra consequência, muitos analistas temem que o "selo de qualidade" chancelado pela Standard & Poor's faça a moeda americana "derreter" de vez ante o real -o que provocaria um "efeito cascata" que vai do aumento das importações à deterioração das transações correntes. (clique para ler entrevista com economista que desacredita nessa enxurrada de dólares)
Agora, explicado malemal o que é o investment grade, aqui vão algumas críticas feitas a esse respeito:
"No entanto, o foco das agências de risco não é o crescimento, ou o bem-estar da população, ou mesmo uma análise completa de todos os aspectos da economia de um país. Trata-se tão-somente de uma avaliação acerca da probabilidade de que o país pague aquilo que deve, e, nesse aspecto, a melhora da economia brasileira é visível." ALEXANDRE SCHWARTSMAN
(Neste link, pode-se ler o texto de Schwartsman inteiro, com críticas do economista Luís Nassif sublinhadas. Pra que se entenda, Nassif chama Shwartsman de "Professor de Deus" porque o último "descrê do dogma da Santíssima Trindade" e tenta analisar uma coisa de cada vez, "de preferência, a que lhe é favorável", como explicou Nassif.)
E em seguida, o texto de Clóvis Rossi a que me referi no comentário do post anterior.
CLÓVIS ROSSI
Miçangas e felicidade
SÃO PAULO - E a pátria foi dormir feliz ao ganhar a miçanga dos novos colonizadores, o tal de "investment grade".
Por novos colonizadores entenda-se esse formidável mundo financeiro e suas entidades, incapazes de antever riscos nas hipotecas "subprime", mas nem por isso julgadas menos aptas a determinar que países estão "limpos" e que países devem continuar tratamento. Nada contra a festa pelo rótulo.
Tudo contra deixar de ter a correta perspectiva. O que a miçanga ora concedida mede é apenas o risco que correm os investidores ao colocar dinheiro no Brasil. Não mede, portanto, o risco que correm os cidadãos do país em seu cotidiano ou em seu futuro.
Não mede, por exemplo, que o Brasil "perdeu a guerra" contra a dengue, como admite o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. "No problem", dirão os avaliadores de risco, dado que não se conhece nenhum caso de investidor que tenha contraído a doença.
Não mede, por exemplo, o risco de sair às ruas de São Paulo, do Rio ou de Belo Horizonte, superior ao de incontáveis outras cidades de países não "investiment grade".
Não mede, por exemplo, cenas explícitas de estupidez verbal, como a do coordenador dos cursos de medicina da Universidade Federal da Bahia, ao dar a seus conterrâneos o grau CCC-de inteligência, incapazes até de tocar berimbau se berimbau tivesse mais de uma corda. E nada acontece.
Não mede, por exemplo, a inconveniência de o presidente da República avalizar o mau uso do dinheiro público no caso do governador do Ceará, que gastou R$ 383 mil para alugar um jatinho, quantia que daria para comprar 30 passagens em classe executiva São Paulo/Paris/ São Paulo, ao preço mais alto constante ontem no site da Air France (taxas incluídas).
Até quando o Brasil ficará feliz com miçangas?
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Acho que o post ficou um pouco confuso e com muitas informações e links, mas enfim, foi o melhor que eu achei sobre a situação. De qualquer forma, economia é sempre muito difícil pra mim, mas se com esses textos acima eu consegui entender, espero que ajude alguém também :P
Postado por Patrícia Anette às 16:47 1 comentários