»

sexta-feira, 16 de maio de 2008

1968, o ano que ajudou a desenhar a face do mundo



A imagem mais difundida do movimento de maio de 1968 – que, tendo seu epicentro nas universidades francesas, espalhou-se pelo mundo como um vagalhão – é a do levante estudantil e juvenil.
A imagem tem força – aquele movimento ganhou visibilidade quando, no dia 3 de maio de 1968, os estudantes parisienses saíram às ruas para protestar contra a decisão da reitoria da Sorbonne de fechar a célebre universidade parisiense, reagindo à um movimento à luta estudantil que crescia desde o final de 1967. Foi a primeira vez que, em 700 anos, a universidade fora fechada e seu recindo ocupado pela polícia, e a decisão foi um choque para a opinião esclarecida dos franceses.
O movimento de 1968 não surgiu, contudo, como um raio em céu azul, como se diz. E não foi somente estudantil e juvenil. As lutas sociais cresciam na Europa, nos Estados Unidos e em várias partes do mundo, particularmente na América Latina. Elas envolviam os trabalhadores, os estudantes, os negros, as mulheres, a população dos países colonizados da África e da Ásia na luta contra o imperialismo e pela independência, o protesto contra as ditaduras militares que proliferavam na América Latina.
No Brasil, aquele foi o ano do maior e mais persistente protesto de massa contra a ditadura militar, apenas superado por aquele que ocorreria dez anos mais tarde e que colocaria em xeque no regime dos generais.
O ano de 1968 ficou na história, assim, como o símbolo do maior protesto anticapitalista ocorrido na segunda metade do século XX e por isso é uma data memorável.



Achei legal postar sobre "Maio de 68", pois, sem dúvidas, é um ano memorável e deve ser lembrado sempre.
Nos próximos posts, posso colocar alguns cartazes usados pelos estudantes franceses.
O texto foi tirado do site www.vermelho.org.br, que fez um especial para essa data.
Espero que gostem.
Abraços,
Beto.

4 comentários:

nox! :> disse...

É um fato bom de ser lembrado..
protesto e tals,pena que acabou a coragem :/
abraço beto
nox .

Patrícia Anette disse...

sinceramente, quanto mais leio sobre, mais me interesso. por mais que digam que foi um movimento mais de revolta do que revolucionário, ou talvez justamente por isso mesmo, por se encaixar no que deveria estar acontecendo hoje no Brasil, não pelo motivo do autoritarismo, mas pelo argumento de que "maio de 68 é a quebra do paradigma de que estamos progredindo", como foi colocado numa coluna de uma edição do Estadão

Fernando disse...

É incontestável o efeito que 1968 tem sobre o mundo atual, foi a partir dele que começaram a ocorrer uma série de mudanças socias, pois a população pôde perceber que ela compunha o estado e que não era obrigada a se submeter a tudo. Tais mudanças podem ser percebidas na política, ética e principalmente nos direitos humanos voltados às minorias (minorias nos parlamentos, já que tais minorias nas ruas eram muitas vezes a maioria).

O mais interessante de analisarmos 1968 no entanto, não é somente vangloriarmos o ocorrido - que com absoluta certeza não deve ser esquecido - mas deveríamos também nos envergonhar. Um movimento radical em uma época onde as repressões eram muito piores do que as sofrida por nós hoje; deveria no mínimo causar-nos um mal-estar visto nossas atitudes com a situação atual do Brasil. É corrupção que não acaba mais, não se passa um mês sem que seja descoberto um novo caso de desvio de verba pública, desvio do nosso dinheiro, conseguido através de tabalho duro, que por fim acaba em viagem para Europa entre outras coisas do gênero.

Enquanto isso nós escrevemos, criticamos, debatemos, mas a verdade é que são poucos os que realmente fazem algo. Não faltou manchetes de jornais, capas de revistas, chamadas de tv, exibindo os fatos ocorridos por aqui mas faltou manifestações, expressões, protestos. Lembrando que os franceses nem apoio de divulgação tiveram e conseguiram mudar muita coisa. Mas isso começa a ser corrigido como vimos no caso da UNB, que é caso raro, mas já é algo.

A idéia não é criticar, mas sim nos juntarmos e a partir dai tentar conseguir algo mais justo, com menos desigualdades e maior respeito entre os escolhidos por nós para governar o nosso País.

Beto disse...

Muito legal o texto, fer!
Brigadão por contribuir!

Abraaazz!