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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Socorro Gomes: A paz está ligada à derrota do imperialismo


"A luta pela paz deve estar absolutamente ligada pela derrota do imperialismo, à luta pela soberania, pela alta-determinação, para que tenhamos relações estratégicas no mundo. Precisamos fazer valer os princípios pela paz da ONU. E um dos pontos centrais é a retirada incondicional e imediata de tropas de ocupação nos países da América Latina". A opinião é de Socorro Gomes, presidente do Conselho Mundial pela Paz, que participou neste domingo de um painel com o tema "Paz e Soberania" durante o Fórum Social do Mercosul, que está sendo realizado desde sábado (26) até hoje (28), em Curitiba.


FONTE: http://www.vermelho.org.br/


Resolvi fazer um post diferente...
E gostaria de saber se concordam, ou não, com o que foi dito por ela.

Abraços,
Beto.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Siderúrgica lidera poluição em São Paulo

Cosipa é a campeã da lista de cem empresas que mais emitem gás carbônico divulgada ontem pelo governo do Estado

Refinarias da Petrobras também estão no topo do ranking; empresas afirmam ter ações de redução das emissões de CO2


A Secretaria Estadual do Meio Ambiente divulgou ontem na internet (www.cetesb.sp.gov.br/100co2.pdf) a lista das cem indústrias paulistas campeãs em emissão de gás carbônico (CO2), o principal gás de efeito estufa.
A Cosipa, em Cubatão, é a primeira do ranking, seguida por três refinarias da Petrobras -a Replan, em Paulínia, a Revap, em São José dos Campos, e a RPBC, também em Cubatão.
No total, as oito indústrias que mais emitem o poluente em São Paulo são responsáveis por 63% das emissões do setor, ou 18,2 milhões de toneladas ao ano (veja quadro nesta página).
No total, as cem indústrias do levantamento emitem 29 milhões de toneladas ao ano.
O setor petroquímico é o que tem maior potencial de emissão. Na seqüência, está o de aço e ferro-gusa e, depois, o de minerais não-metálicos.
Para realizar o inventário, foram selecionadas 371 empresas do Estado a partir da relação das indústrias com maior potencial de emissão de CO2.
De forma voluntária, 329 empresas enviaram as informações solicitadas.
Das indústrias que compõem o levantamento, 54,1% declararam ter previsão de ampliação nos próximos cinco anos que implicarão aumento das emissões estimadas no inventário.
O secretário estadual Xico Graziano (Meio Ambiente) afirma que a avaliação deve ser feita a cada dois anos, de forma a acompanhar e "atestar as melhorias" no setor.
Com a lista, afirmou ele, o Estado demonstra sua preocupação com a questão do aquecimento global e entra, dessa forma, na agenda mundial.
Segundo Marcelo Minelli, diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da Cetesb (agência ambiental paulista), as indústrias listadas não chegam a ser uma surpresa. "São as mesmas suspeitas de sempre. Mas é importante ter os dados para acompanhar e cobrar reduções."
As estimativas de emissão foram baseadas na metodologia simplificada do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), e considerou o consumo de combustível e a produção industrial informada por cada empresa.
Para José Goldemberg, ex-secretário estadual do Meio Ambiente e idealizador do inventário, a identificação dos grandes setores emissores de CO2 serve como um incentivo à adoção de metas de redução, sem que isso seja um instrumento punitivo.
O próximo passo, segundo Graziano, é fazer inventários de outros setores que emitem o gás de efeito estufa, como os de energia, transporte e comércio.
"O fato de as empresas fornecerem voluntariamente as informações mostra que a indústria não tem nada a temer", afirmou Nelson Pereira dos Reis, diretor do departamento de meio ambiente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
No entanto, ele disse considerar "extemporânea a divulgação [da lista], pois não vai ajudar em absolutamente nada". De acordo com Reis, entre 2001 e 2006 a indústria química/petroquímica reduziu suas emissões em 15%.

Medidas para redução
A Cosipa afirmou que o processo siderúrgico gera emissão de CO2 e que as siderúrgicas vêm trabalhando mundialmente "para otimizar a sua matriz energética de forma a reduzir a quantidade de energia para produção de aço".

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2404200801.htm



Observando que das 100 que mais poluem em São Paulo, duas da lista estão no município de Jundiaí:
86ª: Air Liquide Brasil Ltda, com 26.103 toneladas de CO2 ao ano
91ª: Duratex S/A, com 24.016 toneladas de CO2 ao ano

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Paraguai: Lugo irá rever relações diplomáticas com a China

Em breve o Paraguai vai estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, disse nesta terça-feira (22) o recém-eleito presidente do país, Fernando Lugo. Em coletiva de imprensa, ele lembrou que o Paraguai "é o único país da região que não possui relações diplomáticas com Pequim" e afirmou que a correção desta "anomalia" será delegada ao novo Parlamento.


Durante as seis décadas de domínio do Partido Colorado, o governo paraguaio sempre esteve muito próximo de Taiwan. Se estabelecer relações diplomáticas com a China, Lugo terá, por exigência de Pequim, de romper as relações com Taiwan.


O Paraguai é o único sul-americano dos 24 países que mantêm relações diplomáticas plenas com Taiwan. Já a China tem relações com 170 países. "Há entre o povo e os parlamentares paraguaios o desejo de aproximação com a China", disse o ex-bispo, que tomará posse em agosto.


Quarto maior exportador de soja do mundo, o Paraguai pode aumentar a participação da China entre seus compradores do grão; o país asiático o importa também de outros pontos da América do Sul. Além disso, a China tem investido na região.


Já Taiwan, cujos aliados são majoritariamente países pobres da América Central, do Pacífico Sul e da África, financiou, entre outros projetos, a construção de casas no Paraguai.


Relações com o Judiciário


Na mesma entrevista coletiva, Lugo afirmou que uma de suas prioridades será reformar a Constituição, "para garantir a independência do Poder Judiciário". O eleito referia-se ao fato de a atual Carta dar aos partidos políticos influência sobre a Corte Suprema: o Senado é que aprova a lista dos juízes a ocupar o tribunal formulada pelo Conselho de Magistratura.


FONTE: http://www.vermelho.org.br/


Aproveitando que o post passado foi sobre o Paraguai, li essa matéria também, e achei interessante.

E gostaria de lançar uma pergunta:

Será que com Lugo no poder, o Paraguai tem tudo para crescer?


Abraços,

Beto.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Lugo confia em renegociação do contrato de Itaipu com o Brasil

ASSUNÇÃO - Paraguaio eleito diz que aumento do preço combateria pobreza; Lula nega que tratado de energia será revisado


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Lugo pela vitória, mas descartou uma revisão do acordo bilateral pela energia comprada do Paraguai pelo Brasil, principal promessa de campanha do ex-bispo. Sobre a "questão de Itaipu, nós temos um tratado que será mantido", disse Lula ao falar com os jornalistas em Gana, onde ele participa de uma conferência das Nações Unidas.

Lugo fez do aumento do preço da eletricidade de Itaipu uma de suas principais promessas de campanha. Nesta segunda, ele afirmou que espera chegar a um novo acordo com o vizinho e sócio na hidrelétrica, para conseguir melhores valores, o que encarecerá o custo para o Brasil. "É uma porta que se abriu de diálogo, de conversação depois de tantos anos e isso nos alegra e nos enche de esperança", disse Lugo. Durante a campanha eleitoral, o dirigente centro-esquerdista também prometeu renegociar um acordo similar que o Paraguai mantém com a Argentina na central hidrelétrica binacional Yacyretá.

Lugo, que já recebeu ligação telefônica dos presidentes de Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela, Nicarágua e Bolívia, disse que sua primeira viagem ao exterior vai passar pela região. "A mim, particularmente, interessa (visitar) a Bolívia, porque historicamente não tivemos relações muito próximas com a Bolívia...Estamos mais acostumados com Brasil e Argentina. Creio que com a Bolívia chegou o momento de ter relações mais profundas com nosso irmão e vizinho país", disse.

Lugo venceu no domingo por quase 10 pontos de vantagem a candidata governista, Blanca Ovelar, com os paraguaios cansados de décadas de corrupção e alta pobreza, em um país que sobrevive em parte da pirataria de produtos e contrabando.

A quatro meses de assumir como presidente, Lugo assegurou que não espera oposição radical que possa terminar com a crise social, como temem alguns analistas. "Acreditamos que o Partido Colorado vai fazer uma oposição inteligente, racional...O nosso governo não vai fazer uma caça às bruxas, não vai ser de perseguição que não seja da busca pelo consenso, pela harmonia", afirmou.


Achei interessante essa discussão, pois nós como brasileiros com certeza sairemos perdendo com a renegociação do contrato com cidadãos, porém, além de sabermos que estamos falando de uma exploração abusiva na compra de energia do Paraguai a um preço pífio e na venda da energia no Brasil a um preço extremamente alto, o Brasil futuramente se beneficiará com o avanço econômico da população paraguaia em termos de economia de exportação.
Apesar de a curto prazo sairmos perdendo, acho q vale a pena (não sei se economicamente, mas definitivamente vale a pane quando se trata do social) a renegociação do contrato.


Abraços

Raul

domingo, 20 de abril de 2008

HISTÓRIAS DO TRANSPORTE COLETIVO (Terrorismo Poético)

Eu resolvi colocar esse texto aqui, porque achei muito legal, e mostra na prática o que seria o tal "terrorismo poético".
Li, um dia desses e achei indispensável...
Ele é grandinho, mas quem estiver com tempo...vale a pena!


Pus meu carro à venda.

Quero encaminhar algumas mudanças na minha vida financeira, e o carro é uma forma rápida de capitalizar. Já tentei fazer isso por três vezes, mas sempre volto atrás e pego o carro, mas agora decidi: vou vender.

É por isso estou andando de ônibus. Andar de ônibus é como cozinhar, se você tem que fazer isso todo dia, é um sacrifício. Mas se você faz isso de vez em quando, em curtos períodos, então pode ser uma diversão e um aprendizado muito grande.

Hoje eu estava voltando para casa, já por volta das 19h28, meus pés latejando de dor, meu estômago colado na espinha dorsal, e eu sacolejando em pé no Circular T-19.

Olhei para o lado e vi uma cena que Fernando Sabino poderia descrever melhor que eu, tão bucólica que era. Um casal novo com sua filha de colo. O rapaz amorenado, com duas dezenas e pouco de idade, uma camiseta surrada e a expressão cansada. A mulher uma jovem tão jovem quanto ele, com o cabelo cuidadosamente penteado, uma roupa simples e bela, mais simples que bela, e sua filhinha de colo. Essa era uma preciosidade, os cabelos encaracolados, o rosto bochechudo, um vestidinho cheio de laços e babados que a faziam parecer um bombom de cereja, e o choro enjoadinho, como as crianças de colo conseguem ser enjoadinhas. Mas era linda, linda, uma menininha linda.

Enquanto eu olhava enternecido para a garotinha, o jovem pai estava se impacientando com o chorinho dengoso, e perdeu a têmpera:

- Faz ela parar com esse barulho! Tamos no ônibus!

- Como? Já tentei de tudo, me dá suas chaves para "distrair ela". – retrucou a mãe aflita, já pegando o molho de chaves e sacudindo inutilmente na frente da bochechudinha chorosa. O pai se contorcia na cadeira azul desconfortável do "busunga", e pegou no bracinho da manhosinha, dando-lhe um leve, porém firme, tranco.

- Quieta, menina. Cala essa boca!

Apesar da leveza tentada do seu toque, foi um movimento ríspido, bruto mesmo, e eu me incomodei. Acho que se eu tivesse algumas gramas a mais de bom senso, tinha ficado quieto, mas não consegui me segurar. Olhei ostensivamente para a família, de forma acintosa quase. Estávamos em aproximadamente quinze pessoas nos fundos do ônibus, uma coleção de gente adormecida e cansada, alguns perfumados indo atrasados para a escola, outros mal-cheirosos (como eu) voltando para casa, e ninguém mais parecia querer participar daquela cena familiar. Eu olhava de forma agressiva e insistente, ainda que com ternura nos olhos. Apenas a insistência agrediria alguém, e agrediu. O pai se virou para mim e de forma ameaçadora perguntou:

- Tá olhando o quê?

- Sua filhinha é muito linda.

- O quê???

- Sua filhinha é muito linda.

- E o que você tem com isso – ele me disse de forma nada amistosa, agarrado no bracinho gordinho da bonitinha. Nessa hora algumas cabeças curiosas acompanhavam esse nosso diálogo, interessados em alguma possível pancadaria. Muitos poderiam pensar que a gravata que eu usava me dava algum ar de arrogância, de "não pertencer àquele lugar", e queriam me ver surrado.

- Tenho nada não, senhor. Mas é que eu perdi minha filha agora em janeiro, e vendo a sua tão bonitinha, me lembrei dela.

Tá certo, eu menti. Nunca tive filhos, nem filhas, e usei dessa artimanha torpe que é a mentira, mas visava um bem maior. Talvez eu tenha perdão, sei que nessa hora o cara assustou, a mãe que estava de cabeça baixa desde o primeiro arranque que o pai havia dado no braço da filha, levantou timidamente o olhar. Continuei.

- Minha filhinha tinha um ano e meio e morreu agora em janeiro. Sempre foi doentinha, desde que nasceu, tinha um problema de válvulas no coração, então nós sempre soubemos que ela ia morrer. Mas a gente nunca está preparado de verdade, não é mesmo?

Ele não me respondia, os olhos fixos.

- E aí todo dia quando ela chorava, para nós era uma alegria danada, sabe? Sinal que ela ainda estava viva com a gente. Cada sorrisinho dela era uma música, e a mãe adorava vestir ela com vestidinhos assim parecidos com esse, de babados, de laços, ela ficava parecendo um docinho de caju. Desses de festa, sabe?

Ele esboçou um concordar com a cabeça, a mãe tentou timidamente puxar a menina para o colo, mas ele firmou o aperto, transformando-o agora em um abraço, firme, mas carinhoso, protetor.

- Ela engatinhava pela casa, fraquinha, sempre foi muito fraquinha, mas engatinhava e meu maior prazer era andar de gatão atrás dela, fazendo caretas e brincando com ela. Agora esse horário, eu ia chegar em casa e pegar ela bem devagarinho no colo, para ela rir ao me ver. Hoje ela não está mais me esperando lá. Dá uma saudade, sabe? Chegar em casa e não ir correndo ver ela no bercinho. Até mesmo levar ela no hospital, para fazer exame, até disso eu sinto falta. Ela dentro do carrinho, toda enfeitadinha e olhando tudo com os olhinhos espertos, eu tenho certeza que ela ia ser muito estudiosa quando crescesse. Se crescesse.

A mãe já começava a lacrimejar (como eu agora), e muitas cabeças acompanhavam minha história, que eu contava com volume cada vez mais indiscreto. O fundo do ônibus transformado em divã de um falso pai sofrido.

- E eu vendo o senhor com sua filhinha, me desculpe, eu sei que fui sem educação, mas é que não pude deixar de lembrar da minha pequenininha que já foi embora. Até mesmo esse chorinho enjoadinho e manhoso eu sinto falta, de balançar ela no colo para ver se acalmava. E até mesmo essa de balançar as chaves para distrair, até isso a gente fazia com ela. E quando vi sua menininha choramingando assim, senti uma saudade tão grande da minha baixinha. Foi só isso, o senhor me perdoe.

O pai estava visivelmente embaraçado, finalmente falou:

- Me desculpe o senhor, eu que fui "senducação". Triste sua história, moço, dá pena na gente.

- Pois é.

Ele então me surpreendeu:

- O senhor quer segurar a Carolina?

Confesso que eu sou muito sem jeito com crianças pequenas, molinhas, e fiquei com medo de pegar a Carolina (que nomezinho mais fofo, não é?) e fazer alguma besteira. Não aceitei, até porque poderia me emocionar mais ainda, e aí eu ia perder o controle e chorar muito, por coisas outras, mas ia chorar muito.

- Não, obrigado. Se eu segurar sua filhinha fica pior, dói mais. Eu até tenho que descer no próximo ponto, mas obrigado, eu já "tô" melhor.

- Moço, o senhor vai com Deus. Ele vai acalmar o senhor e sua mulher. – me disse a mãe da Carolina, e aí eu não agüentei e chorei. Segurei firme para não me acabar no choro, mas chorei um pouco, aquela generosidade me quebrou.

O pai segurava Carolina (que por incrível que pareça, agora não chorava mais, olhando para fora da janela e dando tapas na vidraça) e dava pequenos pulinhos com ela em seu colo, me olhando com os olhos fundos, compridos. A mãe enxugava o rosto, e o povo em volta me olhava espantado. Desci do ônibus dois pontos antes do meu, porque tinha que sair dali ou senão eu perdia o controle do que tinha começado. Eu já estava muito emocionado, e começava a me sentir culpado pela mentira apresentada. Desci e fui andando até meu prédio.

Confesso que fiquei me perguntando por alguns instantes porque tinha feito aquilo, mas depois me lembrei de Hakim Bey, e me toquei que por alguns instantes eu tinha feito alguma diferença na vida daquela família tão bonita. O abraço carinhoso que ele dava na Carolina quando eu desci do ônibus, me mostrou que eu tinha interferido na vida deles de forma artística... e criminosa. A ARTE COMO CRIME, O CRIME COMO ARTE!! Foi puro Terrorismo Poético, ninguém percebeu que era teatro, ninguém sentiu o cheiro da interpretação, viram verdade, emoção e dor, e não foi mérito de interpretação nenhuma, foi a força do momento.

Carolina ainda vai me agradecer por isso, tenho certeza. Posso estar sendo arrogante, mas tenho certeza que Carolina foi a que mais lucrou com essa interferência.

Cheguei em casa e tomei um banho bem demorado. Pensando na filha que quero ter, que já conheci sonhando e que já conversei, sei como é e do que gosta. Minha pequena Clarice que ainda vai nascer. Linda, brilhante, meiga e atentada, e tomara que eu nunca perca o rumo e balance Clarice da forma bruta que Carolina foi sacudida. Tomara que eu sempre me lembre de um cara de gravata amarela que chorou porque lembrou dentro do ônibus da filha falecida. Um cara que eu não conheço bem, mas já respeito...


Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei.


Obrigado de coração a todos que estão apoiando a idéia do blog!
Não imaginei que mais do que duas pessoas iriam gostar... hahaha
Obrigado mesmo!
Me falem o que acharam do texto.

Abraços,
Beto.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Agricultura Industrial e os Transgênicos

ONU: agricultura industrial não resolve fome, pobreza e aquecimento global

15 de Abril de 2008

Amsterdã, Holanda — Relatório critica a excessiva industrialização e os transgênicos, e defende agro-ecologia para produzir mais e melhores alimentos.


A agricultura industrial e os organismos geneticamente modificados (OGMs) não são a solução para combater a fome no mundo, a pobreza e as mudanças climáticas, e os governos devem incentivar práticas agrícolas mais sustentáveis, como a agro-ecologia. É preciso trabalhar com a natureza para produzir mais e melhores alimentos. As conclusões são do
Relatório Internacional sobre Ciência e Tecnologia Agrícolas para o Desenvolvimento (IAASTD, na sigla em inglês), elaborado por centenas dos melhores cientistas do mundo do setor.

O documento vem sendo discutido desde 2005 e foi ratificado em reunião realizada na última semana (de 7 a 12 de abril) em Joanesburgo, na África do Sul, por representantes de 60 países, que assinaram a versão final do texto, que pretende guiar as prioridades futuras de governos, agências da ONU e órgãos financiadores em relação à agricultura e desenvolvimento.O documento recomenda também a adoção de pequenas propriedades e métodos agro-ecológicos como forma de se combater a atual crise alimentícia no mundo e suprir as necessidades de comunidades locais, declarando o conhecimento indígena e local tão importantes como a ciência formal.

Para o Greenpeace, o relatório é uma oportunidade história para substituir uma prática destrutiva por métodos que trabalhem com a natureza, não contra ela. O texto traz críticas contundentes às práticas agrícolas atuais e também à indústria de biotecnologia e seus transgênicos. Os Estados Unidos, Canadá e Austrália foram os únicos países presentes ao encontro (uma espécie de IPCC da agricultura) a não assinarem o documento, alegando ser ele 'desequilibrado'. Eles acusam os autores de não serem independentes, mas curiosamente só fizeram tais críticas agora, depois que o texto foi publicado - os três países participaram da escolha dos autores do documento.

“Esse relatório mostra que podemos produzir mais e melhor sem destruir a natureza e nossos recursos naturais. Soluções modernas de cultivo trabalham a favor da biodiversidade, geram muito emprego e protegem a natureza”, afirma Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace Brasil.

“Esse relatório é um chamado para que governos e agências internacionais redirecionem e aumentem seus financiamentos para uma revolução na agricultura que é essencialmente agro-ecológica.”, afirma Benny Härlin, do Greenpeace Internacional, que participou do IAASTD.

O IAASTD é uma iniciativa do Banco Mundial em parceria com um grande grupo de organizações, incluindo a Organização para Alimentação e Agricultura da ONU (FAO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNDP), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), Organização Mundial de Saúde (OMS) e representantes de governos, sociedade civil (como o Greenpeace), setor privado e instituições científicas de todo o mundo.

Fonte: www.greenpeace.org/brasil/


Os transgênicos, foram durante algum tempo um assunto muito difundido na mídia, mas está meio "sumido" no momento, mas continua sendo um assunto polêmico.
Leia a matéria e deixe seu comentário.

Abraços,
Henrique.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Ato Institucional Numero 5 - AI 5

O Ato Institucional Número Cinco foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar nos anos seguintes ao Golpe Militar de 1964 no Brasil. Redigido pelo Presidente Artur da Costa e Silva em 13 de dezembro de 1968, veio em resposta a um episódio menor: um discurso do deputado Márcio Moreira Alves pedindo ao povo brasileiro que boicotasse as festividades do dia 7 de setembro. Mas o decreto também vinha no correr de um rio de ambições, ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime instituído pelo Golpe Militar. O Ato Institucional Número Cinco, ou AI-5, foi um instrumento de poder que deu ao regime poderes absolutos e cuja primeira e maior conseqüência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano.

O AI-5:
  • fechou o Congresso Nacional por prazo indeterminado;
  • decretou o recesso dos mandatos de senadores, deputados e vereadores. Estes ainda continuaram a receber parte fixa de seus subsídios;
  • autorizou, a critério do interesse nacional, a intervenção nos estados e municípios;
  • tornou legal legislar por decreto-lei;
  • autorizou, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido, ilicitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis;
  • O Presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo;
  • suspendeu a possibilidade de qualquer reunião de cunho político;
  • recrudesceu a censura, determinando a censura prévia, que se estendia à música, ao teatro e ao cinema de assuntos de caráter político;
  • suspendeu o “habeas corpus” para os chamados crimes políticos;
(fonte: http://wikipédia.com)

Em dezembro completa-se 40 anos da promulgação deste ato, uma 'lei' a ser cumprida durante a Dtadura Militar no Brasil.
Em relação não só à implantação deste ato, mais tambem em relação aos fundamentos do Golpe Militar de 64, qual é o seu ponto de vista nesta questão!?

terça-feira, 15 de abril de 2008

primeiro gostaria de agradecer ao Beto por me convidar para participar desse blog, acho qe foi uma grande idéia dele montar esse site, para podermos debater assuntos atuais e qe envolvem nossa sociedade!
bom, em relação aoa ssunto da dengue, eu acredito qe pode sim haver uma solução, mais qe nao depende exclusivamente de sociedade ou dos proprios governantes. Acredito qe deveria haver uma certa união e concientização de todos, pq esse problema nao afeta somente aqueles qe contraem a doença, mais tambem os proximos qe estao aptos a isso, e se houver uma disponibilidade maior, ou até um empenho maior de todos, poderia sim acabar com esse problema qe esta, de certo modo, assolando a população carioca!
espero ter sido claro!

obrigado
Pedro (peagah para os mais intimos)

Dengue no RJ

Em uma semana, RJ registra 14 mil casos de dengue; total chega a 57 mil

O total de casos de dengue registrados no Estado do Rio de Janeiro em 2008 passou dos 57 mil, segundo relatório da Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta quarta-feira. O novo balanço apresenta um aumento de cerca de 14 mil casos em relação ao relatório anterior, da quarta-feira passada (26).

A capital do Estado ainda é a cidade com maior número de casos, com 36.647. Nova Iguaçu, na região metropolitana tem 3.643 registros e Angra dos Reis 3.711.

O número de mortes atingiu 67 no Estado, 13 a mais que no último relatório --todas na cidade. Desse total, 21 tiveram a dengue hemorrágica. Ainda de acordo com o último relatório, 58 mortes suspeitas ainda são investigadas.

Hoje o governador Sérgio Cabral (PMDB) declarou que estuda pedir ajuda do governo de Cuba para resolver a falta de médicos. "Cuba tem uma excelente tradição na área de saúde pública", disse.

Cabral afirmou ainda que há três tendas de hidratação --espaços montados pelo governo do Estado próximo a hospitais do Rio para auxiliar o atendimento a pacientes com dengue-- sem funcionamento por causa da falta de médicos no Estado.

"Temos carência de médicos. As tendas da Gávea [zona sul], da Penha [zona norte] e do Méier [zona norte] estão prontas esperando por profissionais", declarou.

Tirado da Folha de São Paulo.

Esse assunto, sem dúvidas, é um dos mais "assustadores" do momento, e é importante ser lembrado.
O Brasil, terá controle sobre a dengue?...

Abraços,
Beto.




segunda-feira, 14 de abril de 2008

Início

Para primeiro post do blog, gostaria de apresentar a idéia rapidamente.
Há semanas estava pensando em algo interativo, em que possamos postar algum assunto da atualidade ou não, seja ele político, esportivo, até uma simples foto da playboy está valendo... hahaha, para discutirmos.
O blog foi a primeira opção.
O legal é a cada dia, ou a cada semana uma pessoa diferente postar, e quem estiver afim comenta e deixa sua opinião.
O intuito do blog é aperfeiçoar o senso crítico, por meio da internet (maior meio comunicativo) e ao mesmo tempo se divertir...
Só para esclarecer, o nome "Terrorismo Poético" é um movimento de expressão criado por Hakim Bey (escritor, ensaísta e poeta).


Obrigado aos que apoiaram a idéia.

Abraços,
Beto.