ASSUNÇÃO - Paraguaio eleito diz que aumento do preço combateria pobreza; Lula nega que tratado de energia será revisado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Lugo pela vitória, mas descartou uma revisão do acordo bilateral pela energia comprada do Paraguai pelo Brasil, principal promessa de campanha do ex-bispo. Sobre a "questão de Itaipu, nós temos um tratado que será mantido", disse Lula ao falar com os jornalistas em Gana, onde ele participa de uma conferência das Nações Unidas.
Lugo fez do aumento do preço da eletricidade de Itaipu uma de suas principais promessas de campanha. Nesta segunda, ele afirmou que espera chegar a um novo acordo com o vizinho e sócio na hidrelétrica, para conseguir melhores valores, o que encarecerá o custo para o Brasil. "É uma porta que se abriu de diálogo, de conversação depois de tantos anos e isso nos alegra e nos enche de esperança", disse Lugo. Durante a campanha eleitoral, o dirigente centro-esquerdista também prometeu renegociar um acordo similar que o Paraguai mantém com a Argentina na central hidrelétrica binacional Yacyretá.
Lugo, que já recebeu ligação telefônica dos presidentes de Chile, Argentina, Uruguai, Venezuela, Nicarágua e Bolívia, disse que sua primeira viagem ao exterior vai passar pela região. "A mim, particularmente, interessa (visitar) a Bolívia, porque historicamente não tivemos relações muito próximas com a Bolívia...Estamos mais acostumados com Brasil e Argentina. Creio que com a Bolívia chegou o momento de ter relações mais profundas com nosso irmão e vizinho país", disse.
Lugo venceu no domingo por quase 10 pontos de vantagem a candidata governista, Blanca Ovelar, com os paraguaios cansados de décadas de corrupção e alta pobreza, em um país que sobrevive em parte da pirataria de produtos e contrabando.
A quatro meses de assumir como presidente, Lugo assegurou que não espera oposição radical que possa terminar com a crise social, como temem alguns analistas. "Acreditamos que o Partido Colorado vai fazer uma oposição inteligente, racional...O nosso governo não vai fazer uma caça às bruxas, não vai ser de perseguição que não seja da busca pelo consenso, pela harmonia", afirmou.Achei interessante essa discussão, pois nós como brasileiros com certeza sairemos perdendo com a renegociação do contrato com cidadãos, porém, além de sabermos que estamos falando de uma exploração abusiva na compra de energia do Paraguai a um preço pífio e na venda da energia no Brasil a um preço extremamente alto, o Brasil futuramente se beneficiará com o avanço econômico da população paraguaia em termos de economia de exportação.
Apesar de a curto prazo sairmos perdendo, acho q vale a pena (não sei se economicamente, mas definitivamente vale a pane quando se trata do social) a renegociação do contrato.
Abraços
Raul
6 comentários:
eh... ficou meio grandinho.. hehehe....
aliás...
fonte do Estadão
=]
Abraços
Eu não tinha lido nada sobre esse assunto...!
Todos sabemos que antes da "Guerra do Paraguai", o Paraguai era uma potência econômica na América. Depois da nação ser literalmente massacrada pelo Brasil, Uruguai e Argentina, nunca mais se ergueu como potência e ainda hoje vive com uma miséria muito grande no país.
Eu, apesar de ser brasileiro, tenho esperança de um bem estar social em toda a América e não apenas no Brasil, portanto vejo como uma boa iniciativa o aumento exigido por Lugo, para ajudar na economia do Paraguai e consequentemente ajudar o combate à pobreza.
Porém, a questão deve ser estudada, pois se forem encontrados indícios de queda (siginificativas) na economia brasileria, vale ao governo (brasileiro) dicidir se valerá ou não a pena.
Abraços,
Beto.
Só complementando, resumidamente, acabei de ler na Folha, o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, dizendo que a mudança em Itaipu afetaria bolso do consumidor brasileiro...
Abraços,
Beto.
eh uma questao bem complicada e nao estou sabendo muito sobre o assunto, mas acho que esse caso é meio parecido com o da Bolivia e a petrobras. Td mundo ficou com medo deo Brasil ser prejudicado, crise e no final, o Brasil saiu quase como entrou. Entao acho que se for realmente para o bem da populaçao e nao por interesses politicos, o Lula deve sim vercom bons olhos uma negociaçao.
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