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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Paraguai: Lugo irá rever relações diplomáticas com a China

Em breve o Paraguai vai estabelecer relações diplomáticas com a República Popular da China, disse nesta terça-feira (22) o recém-eleito presidente do país, Fernando Lugo. Em coletiva de imprensa, ele lembrou que o Paraguai "é o único país da região que não possui relações diplomáticas com Pequim" e afirmou que a correção desta "anomalia" será delegada ao novo Parlamento.


Durante as seis décadas de domínio do Partido Colorado, o governo paraguaio sempre esteve muito próximo de Taiwan. Se estabelecer relações diplomáticas com a China, Lugo terá, por exigência de Pequim, de romper as relações com Taiwan.


O Paraguai é o único sul-americano dos 24 países que mantêm relações diplomáticas plenas com Taiwan. Já a China tem relações com 170 países. "Há entre o povo e os parlamentares paraguaios o desejo de aproximação com a China", disse o ex-bispo, que tomará posse em agosto.


Quarto maior exportador de soja do mundo, o Paraguai pode aumentar a participação da China entre seus compradores do grão; o país asiático o importa também de outros pontos da América do Sul. Além disso, a China tem investido na região.


Já Taiwan, cujos aliados são majoritariamente países pobres da América Central, do Pacífico Sul e da África, financiou, entre outros projetos, a construção de casas no Paraguai.


Relações com o Judiciário


Na mesma entrevista coletiva, Lugo afirmou que uma de suas prioridades será reformar a Constituição, "para garantir a independência do Poder Judiciário". O eleito referia-se ao fato de a atual Carta dar aos partidos políticos influência sobre a Corte Suprema: o Senado é que aprova a lista dos juízes a ocupar o tribunal formulada pelo Conselho de Magistratura.


FONTE: http://www.vermelho.org.br/


Aproveitando que o post passado foi sobre o Paraguai, li essa matéria também, e achei interessante.

E gostaria de lançar uma pergunta:

Será que com Lugo no poder, o Paraguai tem tudo para crescer?


Abraços,

Beto.

5 comentários:

Terrorismo Poético disse...

Não consegui colocar a imagem que eu queria, pois o link não estava abrindo aqui.

Gostaria de dizer também, para usarmos mais imagens nos posts! Para não ficar uniforme demais!
Também é aquele negócio, muitas vezes uma imagem diz tudo...

Abraços,
Beto.

Patrícia Anette disse...

Sobre o post passado:

"Quais os desdobramentos? Em relação ao Brasil, uma certa confusão no noticiário. Um jornal diz que Lula não aceita renegociar Itaipu. Outro diz que o governo aceita rever os preços da energia. O segundo é correto: Lula disse que não aceita renegociar Itaipu, mas aceita renegociar os preços da energia." Luis Nassif

"A questão do preço não exige alteração no tratado. O presidente Lula pode aumentar os preços para o atual governo. Mas vender energia de Itaipu para outros países, isso sim exigiria mudança no tratado", disse ao Valor o embaixador brasileiro no Paraguai, Walter Pecly.

Patrícia Anette disse...

Sobre o último post

MARCOS NOBRE na folha de são paulo
América Latina

COM A VITÓRIA de Fernando Lugo no Paraguai, completa-se um amplo ciclo de mudanças de governo na América Latina. Nos últimos 25 anos, foram desalojadas máquinas partidárias e ditaduras que perduraram por muitas décadas.
Nos anos 1990, a alternativa disponível foi em geral entre governos que realizaram reformas econômicas liberalizantes e uma oposição que não tinha um programa político muito claro. Nos anos 2000, com a vitória de forças de oposição, a agenda de reformas passou a incorporar mecanismos mínimos de distribuição de renda e a ampliação de direitos de participação política.
Isso só foi possível porque eleições e instituições democráticas mínimas duraram o suficiente para consolidar posições de situação e de oposição. Porque direitos políticos e uma cultura política democrática passaram a alcançar uma população pobre tradicionalmente marginalizada.
Em geral se diz que são mudanças de esquerda. Mas o que se tem de fato são renovações e ampliações da elite política, com o aparecimento de alternativas de governo reformistas.
A situação atual é de profunda divisão em muitos países. A Bolívia está perto de uma secessão. A Argentina tem um governo sob forte e constante ataque. O Equador está em um beco sem saída do ponto de vista econômico. Na Venezuela, a divisão é de tal ordem que muito dificilmente alcançará um equilíbrio durante o governo de Chávez.
O Paraguai vai provavelmente se somar a essa lista.
Feito o registro dos governos de direita de Colômbia e México, a imagem que vem da imprensa européia e norte-americana dá o Brasil como exceção, porque seria um governo de esquerda "sensato".
Mas o que aconteceu de fato foi que Lula optou por compor com forças políticas tradicionais.
E isso não só porque pretendia ter maioria parlamentar. Antes de tudo, porque avaliou que não dispunha de quadros suficientes para governar, mesmo recorrendo a todos os sindicalistas disponíveis.
Nos países hoje profundamente divididos, ocorreu justamente o contrário: a formação de uma nova elite deu-se em larga medida à margem do campo político tradicional. Isso ajuda a explicar por que as diferenças entre oposição e situação parecem hoje tão pouco nítidas no Brasil, enquanto são fortemente marcadas na maioria dos demais países do continente.
É difícil dizer qual dos dois caminhos é o menos pior para a democracia e para o estabelecimento de padrões de distribuição de renda minimamente decentes. Mas conseguir deixar para trás ditaduras e partidos únicos já é um enorme avanço.

Patrícia Anette disse...

Por ter quebrado uma hegemonia política de 61 anos, não podemos desmerecer a força do governo que desponta em agosto desse ano.

Mas não sei se tem tudo pra crescer, acho que não é tão simples assim.
o governo de Lugo vai ser uma baita duma coalizão, o que é novo no Paraguai. Além disso, Lugo é líder da Aliança Patriótica para a Mudança (APC), que reune desde a extrema-esquerda até a direita.
“Ninguém foi embora dessa aliança em oito meses de campanha”, disse ao Estado o cientista político paraguaio Alfredo Boccia. “Lugo consegue dar um tapinha das costas da burguesia ao mesmo tempo que dá piscadela para a esquerda”, completou.
Mas particularmente, não sei até onde isso vai ser sustentável, ou até onde isso vai dar liberdade ao cara pra fazer mudanças estruturais, não cosméticas.

Unknown disse...

uaaalll

a patt dominando a parada aee...

=]

intao...
eu particularmente acho q o lugo tem tudo para fazer o paraguai crescer socialmente.
ja economicamente pode ate ser, mas nao conheco o lugo o suficiente para isso.

=)

abracos

raul